Morte trágica de “Bola” completa um ano. Existem culpados?

Nesta quinta-feira (8), completou-se um ano da morte de Emerson Teixeira de Souza, conhecido por parentes e amigos em Itupeva como “Bola”, jovem de 27 anos que, após cair de sua bicicleta — o que poderia parecer um acidente bobo —, acabou se tornando um dos casos mais polêmicos de 2024. Sua família acusa o Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Itupeva, de negligência, enquanto a prefeitura divulgou nota afirmando que foi feito tudo o que poderia ser feito.

“Bola” sofreu um acidente na terça-feira (7), após cair de bicicleta ao passar por um buraco na rodovia Akzo Nobel, próximo à Casa do Pão de Queijo, e desmaiar na via. A equipe do Serviço de Atendimento Emergencial (SAE) prestou os primeiros socorros e o encaminhou para o Hospital Nossa Senhora Aparecida, por volta das 14h.

É neste momento que o embate entre a família e amigos de Emerson com o hospital começa. Segundo relatos dados por familiares à equipe de reportagem do Olhar de Itupeva, a equipe médica não solicitou a realização de exames, como tomografia, para avaliar a gravidade da pancada sofrida na cabeça por “Bola”; simplesmente o fizeram tomar soro.

No final da tarde, “Bola” desmaiou novamente, desta vez no banheiro do Hospital. Então, ele passou por um exame de ressonância, que constatou um coágulo no cérebro. Ele foi transferido inconsciente para o Hospital São Vicente, em Jundiaí, onde acabou morrendo.

Em nota divulgada após a morte de “Bola”, a secretaria municipal de Saúde declarou que: “Cabe ressaltar que os procedimentos adotados no caso em questão foram adequados e que não procede a informação sobre suposta demora no atendimento”, destacando ainda que “o paciente foi admitido no hospital e imediatamente avaliado, sendo submetido a procedimentos para estabilização do quadro considerado grave, até que estivesse apto para passar pelos exames necessários.”

“Bola” foi velado e sepultado no dia 9 de maio, no Cemitério Municipal.